Um excerto do livro Frankeinstein, de Mary Shelley, foi o mote para a criação de textos narrativos-descritivos, de terror, por parte dos alunos do 8.ºA, em trabalho de pares, na aula de Língua Portuguesa.
Aqui fica o texto do grupo da Ana Rita e da Helena:
Ouvi um grito dilacerante. Estava um pouco longe do meu quarto, tinha deixado Elisabeth sozinha, na outra parte do corredor, no último quarto, e fiquei preocupado, pois a minha mulher não tinha reagido àquele grito e ela normalmente ficava muita aflita com qualquer grito.
Corri muito aflito para o meu quarto, para ver o que tinha acontecido, mas parecia que aquele horripilante corredor escuro nunca mais acabava.
Quando cheguei ao quarto estava a minha horrenda criação prestes a degolar a minha mulher e ela já tinha uma enorme mancha de sangue na barriga, pois ele já a tinha esfaqueado. Entretanto... aquele monstro verde, com agrafos a segurar a parte superior da cabeça, 2,50 m de altura, uns ombros larguíssimos, mata a minha mulher.
Assim que me viu, tentou vir atrás de mim, mas eu consegui escapulir-me dali para fora. Tive de fugir para a minha antiga cave, a minha casa de criações, onde passara dois anos a criar aquele monstro horrível. Consegui esconder-me lá durante uma semana, mas tinha de o enfrentar, não podia deixar de vingar a morte da minha mulher.
Encontrei por fim o meu monstro no porto de uma cidade de que não sei o nome. Quando me viu, caminhou apressadamente na minha direção com aquele olhar assassino. Queria certamente matar-me, tal com fizera à minha Elisabeth. Como não podia fugir para lado nenhum, tive mesmo de o enfrentar. Ele tinha mais força e mais altura do que eu, nunca o conseguiria vencer, mas de repente lembrei-me que a perna direita do meu monstro não tinha ficado bem cosida, pois, na altura, já não tinha muita linha e também tinha pressa de o acabar, por isso, se conseguisse acertar-lhe com uma pedra na perna, eu ganharia, pois, estando deitado no chão, demoraria a levantar-se. Olhei em redor à procura de uma pedra, nem que fosse pequena. Quando a encontrei, procurei a melhor posição para lhe acertar, mas ele deu conta de que eu estava a fazer alguma coisa e, como estava irritado, emitiu um som esquisito “arrrrrrrrrrrrrr”, que eu ainda não percebia o que queria dizer.
Estávamos frente a frente, homem e monstro, alguém tinha de morrer. Eu já tinha a pedra pronta, quando, de repente, ouço um tiro, mas só vejo o monstro a cair. Olhei, então, em redor para identificar o atirador e pareceu-me que era uma mulher, a minha mulher, Elisabeth.